INSPETORA LIARA PALESTROU SOBRE PROGRAMA LIBERTAR DA POLÍCIA CIVIL NA ESCOLA LENIRA

As secretarias municipais de Educação e Assistência Social, Rede de Apoio à Criança e Adolescente e Rede de Apoio a Escola, CRAS, CONDICA e Conselho Tutelar, com apoio da Delegacia de Polícia de Miraguaí e Ministério Público de Tenente Portela, promovem a campanha de conscientização nas escolas para discutir e provocar conversas sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes.

A Inspetora de Polícia Liara Fabrício de Moura, esteve na quarta-feira (14), palestrando na Escola Municipal de Ensino Fundamental Lenira de Moura Lütz. Liara, abordou sobre o Programa Libertar da Polícia Civil, que tem como objetivo a prevenção e repressão de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Criado em 2023 pela Escrivã de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Bianca Benemann e parte do material cedido pelo Perito Criminal do Estado de São Paulo Hericson dos Santos, o programa integra a Divisão de Prevenção, Justiça Restaurativa e Direitos Humanos da Polícia Civil.

O trabalho consiste em uma palestra preventiva quando são informadas as técnicas mais modernas de atuação de criminosos virtuais e reais, municiando crianças e adolescentes com o conhecimento necessário para sua proteção e encorajando-as a romperem o silêncio que, na maioria das vezes, ficam entre a elas e seus predadores sexuais.

Segundo os dados revelados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, 61,7% dos crimes sexuais acontecem na residência das vítimas, sendo que a escola, considerada seu segundo lar, é um ambiente mais acolhedor para elas revelarem os abusos sofridos.

As crianças e adolescentes que revelam o crime sexual no Programa Libertar não são encaminhadas a uma delegacia, já que o próprio policial palestrante efetua o registro, e em depoimento, relata os fatos descritos pelas vítimas. Se houver necessidade de intervenção imediata, em caso de contato direto com a vítima, o próprio policial aciona a rede de proteção para que ela seja imediatamente retirada do ciclo de violência sexual.

O Libertar também diminui o risco de revitimização, pois não é necessário que a criança ou o adolescente relate o abuso sexual mais de uma vez. Desta maneira, evita interesses conflitantes, prevalecendo o das vítimas, já que 64% dos agressores são seus familiares e 86,4% são conhecidos da família. As ocorrências registradas no Programa Libertar já são encaminhadas com a autoria definida pela Delegacia que será responsável pela investigação, acelerando o processo de responsabilização do agressor pelos seus crimes.

 

 

Foto: Divulgação

Rádio Planeta FM 102.7

 

 

 

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