MAIORIA DOS ENTREVISTADOS NA SONDAGEM DO SEGMENTO DE ÓTICOS APONTA PARA O BOM DESEMPENHO DAS VENDAS
A PESQUISA ABORDA ASPECTOS RELACIONADOS AO PERFIL DO SEGMENTO, BEM COMO CONTEXTUALIZA O MOMENTO ATUAL E AS EXPECTATIVAS QUANTO AO FUTURO PRÓXIMO
De 02 de maio e 18 de maio de 2022, a Fecomércio-RS realizou a primeira de duas rodadas anuais da Sondagem do Segmento de Óticas. No total, foram realizadas 385 entrevistas com estabelecimentos do segmento, sendo todos optantes do Simples Nacional. A pesquisa contou com respondentes em todo o Estado. Além das características gerais do segmento, a pesquisa também abordou a temática relativa aos desafios decorrentes do enfrentamento da crise do coronavírus.
Dentre os entrevistados, as empresas que tinham 3 anos ou menos de funcionamento respondiam por 35,3% do total, as com 3 a 5 anos de funcionamento eram 25,7% e os demais 38,9% tinham 5 anos ou mais. Com relação ao percentual de artigos óticos no faturamento do estabelecimento, em 50,6% dos casos esse percentual corresponde a mais de 75,0% do faturamento mensal. Quando questionados quanto ao desempenho das vendas nos últimos 6 meses destaca-se a maioria das respostas na categoria “bom”, resposta de 77,4% dos entrevistados. Em 14,3% dos casos o desempenho foi considerado “ruim” ou “regular”, enquanto para 8,4% o volume de vendas foi avaliado como “muito bom” ou “excelente”. Na avaliação do presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, “a pesquisa é muito clara ao revelar um segmento resiliente que consegue no período atual ter bons resultados apesar de outros desafios como a inflação”.
A pesquisa abordou também aspectos financeiros das empresas entrevistadas como a situação do endividamento e o processo de captação de crédito das empresas. No que se refere ao endividamento, 90,1% dos respondentes afirmam não possuir dívidas. Em apenas 0,5% dos casos a situação de endividamento é grave. No que concerne a captação de crédito, 86,2% dos entrevistados afirmam utilizar prioritariamente o capital próprio quando precisam aportar recursos para o negócio, o que ajuda explicar a situação de não endividamento dos negócios. Em 13,0% dos casos se opta pelo empréstimo junto a uma instituição financeira e em apenas 0,2% se recorre a uma financeira.
A pesquisa também abordou aspectos relacionados ao período de crise em função do coronavírus. Para 77,4% dos entrevistados, o nível de vendas atual é igual ao do período pré-pandemia. Em 10,4% o volume atual de vendas é inferior aos daquele período e para 12,2% os resultados atuais superam o pré-crise. Quando questionados sobre medidas de prevenção a perdas, apenas 24,4% dos entrevistados afirmaram ter tomado alguma atitude para impedir perdas maiores. Dentre essas ações, destacaram-se a utilização de recursos digitais para vendas (35,1%) e as promoções e sorteios (27,7%). Para 94,7% dos entrevistados a continuidade dessa medida permanece relevante no momento atual. No que se refere aos estoques, a grande maioria (88,1%) relatam não estar enfrentando dificuldades de reposição. Para 10,4% as dificuldades são pontuais e em 1,6% dos casos o problema é generalizado.
Por fim, as expectativas em relação a vendas apontam para um cenário positivo, com 85,2% dos respondentes esperando algum tipo melhora. Em relação a economia como um todo, 87,3% afirmaram que esperam melhora nos próximos meses. Apenas 5,5% acreditam na piora do quadro atual.
Fecomércio RS