PRESIDENTE DO TRT-4 VISITA COMUNIDADES DE FREDERICO WESTPHALEN E TRÊS PASSOS
JUSTIÇA DO TRABALHO À DISPOSIÇÃO PARA A MEDIAÇÃO E SOLUÇÃO DE CONFLITOS
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), desembargador Francisco Rossal de Araújo, visitou as cidades de Frederico Westphalen, no dia 23 de novembro, e Três Passos, entre os dias 23 e 25 de novembro. O objetivo da viagem foi aproximar a Administração do TRT-4 das comunidades e colocar a Justiça do Trabalho à disposição para a mediação e solução de conflitos.
Acesse o álbum de fotos da visita a Frederico Westphalen
Acesse o álbum de fotos da visita a Três Passos
Além de conversar com servidores e magistrados das unidades judiciárias locais, o presidente reuniu-se com representantes do Executivo e do Legislativo, da advocacia, dos sindicatos dos trabalhadores e das entidades patronais. O roteiro também incluiu uma palestra no campus de Três Passos da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) e entrevistas a veículos de imprensa da região. Acompanharam o presidente o secretário-geral da Presidência, Adolfo Marques Pereira, a diretora-geral do TRT-4, Rejane Carvalho Donis, e a chefe de gabinete da Presidência, Luísa Helena Macuglia. As agendas de Frederico Westphalen também foram acompanhadas pelo do Trabalho substituto no exercício da titularidade da Vara do Trabalho local, Bruno Luís Bressiani Martins, e as atividades em Três Passos contaram com a presença do juiz titular da unidade, Ivanildo Vian.
Visita a Frederico Westphalen
Na manhã de quarta-feira (23/11), o presidente Rossal visitou a Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen, onde reuniu-se com o presidente da Câmara dos Vereadores, Belonir Vendruscolo, a procuradora-geral do Município, Elisabete Moura, a secretária da Administração Marizete Frozzi, e o assessor jurídico Jonathan Carvalho. O magistrado ressaltou que a Administração do Tribunal precisa conhecer a realidade específica de cada região do Estado. Rossal destacou que nos dois anos de pandemia a Justiça do Trabalho gaúcha teve uma importante atuação nas mediações de demandas coletivas, muitas delas envolvendo o setor público, como nos casos de hospitais, dos correios ou do transporte coletivo. No período, as mediações do TRT-4 atenderam cerca de um milhão de trabalhadores. "Com a experiência, acumulamos um banco de soluções que facilitou a busca de acordos", destacou. O presidente reforçou que o Tribunal segue de portas abertas para atender as demandas e contribuir para a pacificação social.
A agenda de compromisso teve sequência com uma palestra para advogados na sede da subseção da OAB-RS do município. O desembargador Rossal foi recebido pela presidente local da entidade, a advogada Patrícia Luzia Stieven. Em sua fala, o magistrado destacou que a aproximação do TRT-4 com a advocacia e a comunidade em geral é fundamental para que todos conheçam os serviços oferecidos pela Instituição. O presidente observou que a Administração segue atuando para manter a qualidade da prestação jurisdicional e que o diálogo com todos os envolvidos é essencial para esse objetivo. Entre as ações recentes do Tribunal, destacou o concurso público para servidores. O certame foi realizado em um prazo recorde de oito meses, entre a aprovação e a homologação do seu resultado. "Esta é a mentalidade do Tribunal: pensar na frente, antecipar-se aos problemas, aproximar-se das comunidades e ouvir as reivindicações", afirmou.
Também na sede da OAB-RS em Frederico Westphalen, o presidente reuniu-se com representantes dos sindicatos dos trabalhadores. Participaram do encontro os sindicatos dos trabalhadores na indústria de alimentação, dos bancários, dos servidores municipais de Frederico Westphalen e dos comerciários de Palmeiras das Missões e região. O presidente observou que o Tribunal precisa conhecer as diferentes realidades dos locais onde tem sede, e que visitar e ouvir a comunidade é o melhor caminho para isso. Afirmou que o Tribunal deve equilibrar as relações entre trabalhadores e empregadores, e que a Justiça do Trabalho nasceu para corrigir desigualdades. O presidente acrescentou que, para os sindicatos, a atuação da Justiça do Trabalho é importante especialmente nas mediações coletivas, que se acentuaram durante a pandemia. "Nossa ideia é a de que os problemas que chegam na Justiça saiam pelo menos menores do que chegaram, e de preferência resolvidos. O caminho é ouvir trabalhadores e empregadores, tentando aproximar as partes e facilitar o diálogo", concluiu.
Ao visitar a Vara do Trabalho de Frederico Westphalen, o presidente destacou a importância do trabalho realizado pela equipe da unidade para a valorização do TRT-4. "A equipe da Justiça do Trabalho gaúcha é qualificada, formada por pessoas muito dedicadas à Instituição", elogiou. O magistrado acrescentou que todos podem contar com o apoio da Administração sempre que necessário, e que o bom atendimento aos jurisdicionados é fundamental. A diretora de secretaria da unidade é a servidora Maria Augusta Roani.
O último compromisso do presidente na cidade foi um encontro com representantes das entidades patronais, no salão nobre da Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviço de Frederico Westphalen. O desembargador foi recebido pela presidente da associação, Patrícia Cerutti. Em seu pronunciamento, Rossal afirmou que a Justiça do Trabalho tem uma grande abrangência no Rio Grande do Sul, com sedes em 65 cidades, e que é importante o Tribunal conhecer a realidade específica de cada região. Também destacou que o número de conciliações trabalhistas realizadas em Frederico Westphalen está acima da média do Estado, o que demonstra a maturidade da sociedade para negociar. O magistrado observou que os serviços de mediação coletiva oferecidos pelo Tribunal estão disponíveis para empregadores e trabalhadores, e que este é um excelente método para a solução de conflitos. "Estamos sempre de portas abertas para ouví-los. A Justiça do Trabalho é equilibrada, imparcial e ética. Não existe economia sem trabalho digno, não existe trabalho digno sem empresas fortes", afirmou.
Agenda em Três Passos
Na noite de quarta-feira (23/11), o presidente ministrou uma palestra no auditório do campus da Unijuí em Três Passos. Ao longo de sua exposição, falou sobre a importância e o significado da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais. Na primeira parte do seu pronunciamento, abordou os quatro fatores chave para o desenvolvimento econômico da sociedade: a eficiência produtiva, a eficácia alocativa, o ordenamento institucional e o princípio da justiça distributiva. "É um engano pensar que a concentração de riqueza gera desenvolvimento, o que gera desenvolvimento é sua distribuição. A importância do Direito do Trabalho e Direito Previdenciário mostram o nível de civilização de uma sociedade", afirmou.
Ao final da palestra, destacou que a função da Justiça do Trabalho é fazer a legislação ser cumprida. "Precisamos das instituições, das pessoas, da moral e da ética, da firmeza de caráter para as leis serem cumpridas. Por isso existe a Justiça do Trabalho. Precisamos uns dos outros e sei que não estamos sozinhos", concluiu. A mesa oficial do evento também contou com a presença do prefeito municipal de Três Passos, Arlei Luis Tomazoni, do juiz titular da Vara do Trabalho de Três Passos, Ivanildo Vian, do juiz diretor da 2ª Vara da Comarca de Três Passos, Marco André Simm de Faveri, do presidente da subseção da OAB, José Orlando Schäfer, do professor da Unijuí e servidor da Vara do Trabalho de Três Passos Francisco Dion Cleberson Alexandre e do representante do movimento estudantil Gabriel Breno da Silva.
Na manhã de quinta-feira (24/11), o presidente reuniu-se com prefeitos, vereadores, secretários e assessores jurídicos da Associação dos Municípios da Região Celeiro do RS, que abrange 21 cidades. No seu pronunciamento, ressaltou a atuação da Justiça do Trabalho em mediações coletivas que envolvem os municípios. Citou como exemplo desses casos o fechamento de grandes empresas, que geram despedidas em massa em um grande impacto para toda a sociedade, e as mediações envolvendo hospitais e as empresas de transporte rodoviário. "São casos em que precisamos dialogar com prefeitos e vereadores, é preciso que vocês conheçam esse papel da Justiça do Trabalho", declarou. O presidente acrescentou que conhecer a realidade das comunidades é essencial para o TRT-4 oferecer uma boa prestação jurisdicional. "Precisamos dialogar. Os senhores precisam conhecer a Justiça do Trabalho e a Justiça do Trabalho precisa conhecer a realidade dos senhores para poder decidir melhor ou orientar melhor a conciliação", afirmou.
Na sequência, da agenda, o presidente falou com representantes de entidades patronais. A atividade contou com a presença do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Três Passos (Sindilojas), Antônio Granich, e do presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Serviços (Cacis), Enir Reginatto. O presidente declarou que o Tribunal está atento às demandas de trabalhadores e empresários, e que todos são tratados com urbanidade, respeito e equidade. Também observou que nem sempre o direito a ser aplicado a um caso é cristalino para as partes envolvidas, e que nos momentos de indeterminação a conciliação é um bom caminho para solucionar conflitos. "A conciliação é o primeiro espaço da Justiça do Trabalho. Ele é importante porque é mais efetivo do que a decisão imposta". Também afirmou que as entidades representativas são de grande importância para a organização social. "A sociedade precisa dos entes intermediários, os sindicatos são fundamentais para as relações de trabalho, tanto os dos empregados quanto os dos empregadores", afirmou.
O encontro do presidente com a advocacia ocorreu no Fórum da Comarca de Três Passos. O magistrado sublinhou que é papel do presidente do Tribunal dialogar com todos, e que a aproximação da Administração com as comunidades é uma política institucional. "A OAB é uma entidade de extrema importância para a cidadania e para o Estado Democrático de Direito", declarou. O presidente elencou entre as ações da Administração os investimentos em tecnologia para a proteção de dados processuais e a recente realização do concurso público de servidores. Também mencionou que será importante promover um grande debate, com todos os envolvidos, para uma reflexão sobre o futuro do processo eletrônico. "Temos que pensar na frente. Colhemos os frutos com agilidade e sincronia. Por isso temos que visitar as comunidades e ouvir", declarou.
Na visita à Vara do Trabalho de Três Passos, a diretora-geral do TRT-4, Rejane Carvalho Donis, manifestou sua satisfação em conhecer as unidades do interior do Estado e as equipes de servidores, estagiários e terceirizados. "Precisamos estar atentos para entender as necessidades de cada Vara do Trabalho", pontuou. Na ocasião, o presidente Rossal elogiou o trabalho desenvolvido pela equipe. "Temos que ter orgulho de trabalhar na Justiça do Trabalho, e muito disso se dá pelo ambiente em que atuamos", comentou. A diretora de secretaria da VT é a servidora Roselei Hermes.
A agenda das visitas institucionais foi encerrada na manhã de sexta-feira, em um encontro do presidente com representantes dos sindicatos dos municipários de Três Passos, dos trabalhadores nas indústrias da purificação e distribuição de água, da alimentação, da construção civil e do Sintrajufe/RS. O presidente declarou que as mediações coletivas são um papel de grande relevância para a Justiça do Trabalho e que elas demandam o conhecimento das peculiaridades locais. Acrescentou que o TRT-4 precisa estar aberto a ouvir tanto os trabalhadores quanto os empregadores. "Há 14 anos realizamos no Tribunal negociações pré-processuais, que ocorrem antes dos dissídios coletivos, com o objetivo de aproximar as partes e facilitar o diálogo", pontuou. O magistrado acrescentou que 48% dos pedidos de mediação coletiva do TRT-4 são feitos por trabalhadores e 52% por empregadores. "Isso mostra que a Justiça do Trabalho é equilibrada e que a sociedade confia em nossa Institução", declarou.
Fonte: Guilherme Villa Verde (Secom/TRT-4)