GOVERNADOR REFORÇA PEDIDO POR VACINAS CONTRA A DENGUE EM REUNIÃO COM MINISTRA DA SAÚDE
LEITE DESTACOU QUE O RIO GRANDE DO SUL POSSUI UM PLANO DE CONTINGÊNCIA EM EXECUÇÃO PARA COMBATER DA PROLIFERAÇÃO DA DOENÇA
Na tarde desta quarta-feira (7/2), o governador Eduardo Leite, acompanhado pela titular da Secretaria da Saúde, Arita Bergmann, e de diretores do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), participou de uma reunião virtual com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre a situação da dengue nos estados e aproveitou para reforçar o pedido para que sejam realizados esforços no sentido de possibilitar o avanço seguro e ágil da produção das vacinas que vem sendo estudadas.
“A vacina pode não ser a solução definitiva, mas há muita expectativa em torno dela, especialmente no que se refere àquela produzida pelo Instituto Butantan, por se tratar de dose única. Então, peço que tenhamos o mesmo esforço que tivemos durante a covid-19, com toda a segurança necessária, para serem realizados os processos de testagem, registro e disponibilização, e assim podermos viabilizar essas vacinas para nossa população”, disse o governador.
Segundo a ministra, o governo federal tem atuado para agilizar a distribuição das doses vacinais, assim como a produção do imunizante no Brasil, para facilitar o atendimento da população. “Nós estamos trabalhando muito nesta questão da vacina. O Butantã se encontra na fase três da produção, que é de dose única, mas o dossiê ainda precisará passar por análise da Anvisa" explicou.
"Nosso compromisso é unir forças para usarmos o que for possível de plantas nacionais para produção da vacina da Takeda, bem como do Butantan. Espero que tenhamos, o quanto antes, um plano de distribuição da que estamos recebendo do Japão. Também espero que haja agilidade na autorização da vacina do Butantã", acrescentou Nísia.
Leite destacou que o Rio Grande do Sul possui um plano de contingência em execução para combater a proliferação da doença, além de ter um sistema de monitoramento que permite acompanhar a situação da dengue por regiões e municípios. Das 497 unidades, 483 já realizaram o encaminhamento dos respectivos planos para o governo do Estado e agora passam por uma revisão da SES, para que as providências necessárias sejam tomadas.
O governador também lembrou que, em 2023, foram iniciados os testes da borrifação residual intradomiciliar (BRI), com acompanhamento do Ministério da Saúde. As primeiras ações foram realizadas em três municípios gaúchos, com êxito da estratégia implementada. No momento, 119 municípios estão sendo capacitados para poderem adotar a BRI.
No encontro, também foi apresentado o Painel de Casos da Dengue no RS, que reúne dados sobre a situação do Estado que também são úteis para o próprio Ministério da Saúde. As informações do painel também são utilizadas para indicar aos municípios quais ações devem ser adotadas, conforme o nível de alerta em cada local.
Arita ressaltou a preocupação com o status das notificações no Estado. “Estamos muito preocupados com o Rio Grande do Sul, porque, nas primeiras cinco semanas de 2024, tivemos 17 vezes mais casos notificados e confirmados do que no mesmo período de 2023. Isso significa que os municípios, por meio de seus agentes de endemias, precisam reforçar o trabalho de cuidado com os ambientes. O governo já tem orientado e apoiado tecnicamente os entes, utilizando tecnologias diversas para combate ao mosquito”, destacou.
No Rio Grande do Sul, atualmente mais de 90% dos municípios enfrentam infestações do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika. Somente em 2024, foram registrados 5.163 notificação de casos suspeitos de dengue, sendo que 2.534 estão confirmados. Dois óbitos por dengue também foram confirmados.
Governadores e representantes de secretarias dos 26 Estados e do Distrito Federal participaram do encontro e apresentaram a situação atual da doença nos respectivos territórios.
Principais sintomas
Febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias;
Dor retroorbital (atrás dos olhos);
Dor de cabeça;
Dor no corpo;
Dor nas articulações;
Mal-estar geral;
Náusea;
Vômito;
Diarreia;
Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
Prevenção
A população deve tomar medidas de prevenção à proliferação e à circulação do mosquito Aedes aegypti, limpando e revisando áreas internas e externas das residências ou apartamentos para eliminar toda água parada dentro de objetos. Essa atitude simples impede o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida dela na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual.
Foto: Maurício Tonetto/Secom
Texto: Thales Moreira/Secom
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom